JesusAllan Kardec   Chico Xavier  Zélio de Morais  Ramatis  Madre Tereza   Gandhi  Padre Cícero
A meu ver o movimento de Umbanda no Brasil está igualmente ligado ao Espírito de amor do cristianismo. Sem conhecimento de alicerces umbandísticos para formar uma opinião específica eu prefiro acreditar que todos os umbandistas são também grandes cristãos construindo a grandeza da solidariedade cristã no Brasil para a felicidade do mundo.Chico Xavier ."

para estudo

Vamos à algumas considerações importantes sobre o que se esta chamando aqui Umbanda Cristã, a mim parece que haja muita confusão sobre o que isto representa, do que foi e do que é hoje.

A referência sobre o Congrasso de Umbanda é a Benjamim Figueiredo, médium do Caboclo Mirim, Dirigente máximo da TEM - Tenda Espírita Mirim, que na época do congresso possuia 37 filiais, dezenas de centenas de médiuns milhares de assistentes assíduos em suas sessões.
Mais do que uma tentativa de embranquecimento da Umbanda ou despótica tentativa de ditar uma Umbanda cristã e distanciada dos fundamentos africanos, como sugerem alguns, o Congresso de Umbanda veio como uma resposta efetiva à tentativa de setores políticos e religiosos de proibir o culto Umbandista, torna-lo definitivamente ilegal desmobilizar suas lideranças e prender seus líderes.
No Rio de Janeiro havia a clara liderança da TEM como luminar umbandista, tendo em seus quadros membros influentes da sociedade e da política da época, gentes da música, das artes e cultura nacional, o Sr. Benjamim tinha clara consciência disto e após muitas vezes em que foi preso por professar seu credo, ele juntamente com outros que se alinhavam aos preceitos e ética da Escola do Caboclo Mirim uniram-se para se fazer sentir e medir por seus detratores o quanto força e influência tinham.
Várias teses e assuntos foram debatidos, entre eles a afirmação de uma identidade ética evidente que tinham entre sí, afinal as casas congressadas ou eram filiais e sede da TEM ou em esmagadora maioria eram casas de antigos seguidores da TEM ou dos grupos vindos da linha de Zélio de Moraes, médium do Caboclo 7 Encruzilhadas. Entre eles havia claras semelhanças de culto e formas rituais, comungavam uma identidade claramente critã, adimitida a supremacia do Cristo como máxima figura à ser reverenciada, e como é mostrado claramente em qq casa filiada à TEM, "O Médium Supremo", modelo e inspiração para todos.
A afirmação dos valores de um espiritualismo cristão foram naturais e naturais também a análize do que se tinha de material editado para estudo sobre o assunto, a bibliografia espírita-kardecista foi naturalmente tomada como ponto de partida para muitos estudos e até hoje são bibliografia obrigatória das casas da Escola do Caboclo Mirim, mas não para o aprendizado de uma douitrina, mas para estudo e reflexão do que seja o fenômeno mediúnico e das mensagens dos espíritos de luz, na época não havia como hoje a possibilidade de gravar em vídeo uma entidade incorporada falar e ensinar aos seus filhos, muito menos a facilidade de divulgação e propagação das palavras de nossos Pretos-Velhos.
Tempos depois isto veio a determinar a criação do Primado de Umbanda, uma iniciativa devários dirigentes entre eles Benjamim Figueiredo.
Mas volto para o que acho ser o cerne das confusões, estes grupos reunidos possuiam uma identidade claramente distinta entre sí mas claramente semelhante eticamente.
Não havia a intenção de segregar outros grupos ditos Umbandistas ou espiritualistas, tratava-se de uma afirmação positiva de identidade, uma comum que era evidente, exageros aconteceram, mas devemos entender isto contextualizado em sua época e circunstância, para eles as outras manifestações do movimento Umbandista eram totalmente diversas e éticamente discutíveis, vemos isto hoje na não aceitação do Culto do Daime como manifestação do movimento umbandista, muito embora em tudo e por tudo se assemelhe a nós.
A necessidade de afirmação desta identidade comum trouxe à estes grupos congressados uma força evidenciada e que ajudou muito na flexibilização da legislação e da compreenção do fenômeno Umbandista como algo verdadeiro e representativo que intimidou as tentativas de marginalização do culto umbandista.
Fica difícil falar de algo que ocorreu a mais de 70 anos segundo a ótica de nossos dias, se vamos falar algo do que é a Umbanda Cristã que se analise o que ela é hoje, de como seus líderes encaram o movimenbto umbandista hoje, fora isto estaremos no mínimo cometendo o mesmo erro que se atribui aos dirigentes do Comgresso e do Primado em seu início.


Edgar Neto